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Geral - 14/12/2020 - 15:13:15
Tutmés Airan defende ampliação da Justiça Restaurativa em Alagoas
Benefícios da prática foram discutidos em evento virtual, nesta segunda-feira (14)

Tutmés Airan destacou os benefícios da Justiça Restaurativa durante evento virtual, nesta segunda (14). Tutmés Airan destacou os benefícios da Justiça Restaurativa durante evento virtual, nesta segunda (14). Foto: Caio Loureiro

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan, defendeu a ampliação da Justiça Restaurativa no estado. Para o desembargador, esse modelo representa uma quebra de paradigmas e traz uma nova forma de se resolver os conflitos.

"Tradicionalmente, a abordagem que o Judiciário dá ao conflito é muito pobre. É como se tivéssemos uma fotografia 3x4, que nos revela o problema de forma curta e isso desencadeia consequências. Resolvemos o processo, mas não resolvemos muitas vezes o conflito", afirmou Tutmés Airan, que participou de webinário sobre o assunto, nesta segunda-feira (14).

Para o presidente do TJAL, a postura do Judiciário de impor decisões deve ser revisada pelos magistrados, e isso pode se dar por meio da adoção de técnicas da Justiça Restaurativa. "Ela substitui a imposição por um sentimento de responsabilização. É um despertar de consciência". 

De acordo com o coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), juiz José Miranda, a Justiça Restaurativa vem sendo adotada no estado desde 2017, em áreas como violência doméstica e infância e juventude. O objetivo, segundo ele, é interiorizar a prática e usá-la também em outros segmentos, como no sistema prisional, por exemplo.

"As equipes multidisciplinares que foram contratadas pelo TJ poderão se capacitar e difundir esse modelo no interior. Queremos disseminar a cultura da paz, e a Restaurativa é um dos braços dessa cultura". 

Sensibilização de juízes

A juíza Carolina Valões, que está à frente do Núcleo de Justiça Restaurativa do TJAL, destacou a importância de mais magistrados e servidores conhecerem essa prática, que, segundo ela, "é uma nova maneira de fazer justiça". 

O modelo restaurativo, na visão da magistrada, não traz impunidade do ponto de vista criminal. "Ele complementa o trabalho da Justiça criminal. Não se trata de beneficiar o acusado. Trata-se de promover nele a tomada de consciência sobre o ato criminoso praticado".

A juíza Fátima Pirauá, coordenadora da Infância e Juventude do TJAL, reforça essa visão. "Muitas vezes ouvimos um adolescente que cometeu ato infracional e percebemos que ele não tem consciência do que fez. A Justiça Restaurativa desperta nele essa consciência, para que o erro não ocorra novamente".

O webinário foi promovido pelo Nupemec e fez parte das ações do programa Fazendo Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O evento também contou com a participação da integrante do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP), Petronella Maria Boonen, e de servidores do Judiciário estadual.

Diretoria de Comunicação - Dicom TJAL DS
imprensa@tjal.jus.br



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